ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 3 - Revista da Editora Betel
AULA EM 21 DE ABRIL DE 2013 – LIÇÃO 3
(Revista: EDITORA BETEL)
Tema: “OS CUIDADOS COM A FAMÍLIA E O MINISTÉRIO CRISTÃO”
TEXTO ÁUREO
“Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?” lTm 3.5
VERDADE APLICADA
O trabalho
cristão não pode ferir os valores da família. A mulher ou o homem que deixa sua
casa em desordem e sai fazendo a “obra de Deus” não colherá os frutos da
edificação.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1Tm 3.1 - Esta
é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
1Tm 3.2 - Convém,
pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de um a mulher, vigilante,
sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
1Tm 3.3 - não
dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado,
não contencioso, não avarento;
1Tm 3.4 - que
governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a
modéstia
1Tm 3.5 - (porque,
se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de
Deus?);
1Tm 3.6 - não
neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
1Tm 3.7 - Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de
fora, para que não caia em afronta e no laço do diabo.
INTRODUÇÃO:
A primeira
instituição criada por Deus foi a família para dar estrutura a humanidade como
uma sociedade organizada. Sem dúvida fomos criados por Deus para ter comunhão
com Ele, mas Deus também nos criou para sermos criaturas sociais. Gênesis 2.18
diz: “... não é bom que o homem esteja só...” O homem depende um do outro. A
família é a base de todos os relacionamentos para o ser humano. Nela aprendemos
a interação pessoal, formulamos as ideias sobre os limites até onde podemos ou
devemos ir, a língua, os costumes, os padrões sociais; enfim, tudo o que é
necessário para viver, sobreviver, agir e reagir, nós aprendemos na estrutura
da família.
1. CUIDADOS COM A FAMÍLIA
O cristão
casado deve desenvolver um papel fundamental diante de Deus, como instrumento
de honra para conduzir a família constituída ao ideal planejado por Ele. Há
responsabilidades que devem ser repartidas entre os cônjuges como: liderança,
exemplos para os filhos e a sociedade e o cultivo do amor entre ambos. Sem
dúvidas o mais importante deste é o amor, pois sem o amor verdadeiro não é
praticável a vida a dois.
1.1 As responsabilidades do marido
Nas Escrituras
sempre há exemplos de que o homem sempre foi o protetor, provedor e líder da
família. Podemos encontrar isso bem claro na vida de Josué. Como líder da nação
que entrou na terra prometida, tomou uma decisão firme e correta diante da
comunidade de Israel quando disse: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos
servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram
vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra
habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24.15). Conclui-se
então, que o plano de Deus para a família cristã é que o pai além de ser
protetor e provedor, exerça liderança no seio da família (Ef 5.23-28).
1.2 As responsabilidades da esposa
Uma das
responsabilidades da mulher é submeter-se ao marido (Ef 5.23-28). No entanto,
não se deve confundir submissão com autoritarismo masculino. É preciso entender
que a diferença entre os sexos é real e natural não somente na área física, mas
em outras áreas, como na área das emoções. Não há razões para haver conflitos
sobre quem é superior ou quem é inferior, pois cada um deve dar o que tem e,
assim, os dois vão se tornar “um”, não somente uma só carne, mas um em tudo. O
que falta a um, o outro complementará. Elas também devem possuir outras
qualificações, como sérias e confiáveis; não devem ser faladeiras, mas sóbrias
e fiéis em tudo (I Tm 3.11).
1.3 A responsabilidade de serem exemplos
Além de
liderar, prover e proteger a sua família, o homem da casa precisa ser exemplo
de sabedoria. Ensinando com o diálogo, de forma didática e moderada, mas nunca
esquecendo o poder do exemplo pessoal. Não adianta bons discursos diante dos
familiares se não há consonância com o que se fala (Tg 3.2). As palavras só
chegam até onde a vida exemplar as projeta. Palavras sem exemplos são como barcos
a velas sem vento, para nada servem. A mulher casada em submissão, também
ensina como os filhos podem ser obedientes a Deus. A mãe tem oportunidades de
mostrar e ensinar o amor verdadeiro pelas suas atitudes, porque o amor
demonstrado é mais fácil de aprender do que o amor falado.
2. CONSIDERAÇÕES NA VIDA DOS FILHOS
Os filhos são
herança do Senhor, são a recompensa dos pais na relação conjugal (Sl 127.3).
Eles são sempre apontados de forma positiva nas Escrituras, notadamente no
ministério público de Jesus Cristo. Eles são destacados proeminentemente como
capital espiritual e econômico do povo de Deus, uma verdadeira recompensa da
parte de Deus, que nos ensina que os filhos são bens ativos e não dívidas. No
entanto, o padrão dos filhos numa família cristã, é seguir o que foi
estabelecido pelos pais.
2.1 A obediência, o respeito e a honra
dos filhos para com os pais
Paulo diz aos
filhos que façam o que seus pais mandarem, pois ele entende que esse é um dever
cristão (Ef 6.1), ressaltando o que diz as Escrituras no Antigo Testamento:
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolongue os teus dias na terra que o
Senhor, teu Deus, te dá” (Ex 20.12). É muito provável que o relacionamento
entre as pessoas da mesma família seja uma amostra da relação com Deus. Se o
membro (filho) de uma família não consegue ter o mínimo de obediência aos seus
pais dificilmente terá um comportamento honroso em outro lugar. Deus criou a
família para que aprendêssemos com ela, pois só assim teríamos um campo de
experiência.
2.2 A santidade como estilo de vida
A juventude
precisa aprender que não há doutrinas diferentes para os filhos e pais. A
Escritura é direcionada para todas as pessoas que já tenham entendimento sobre
o certo e o errado. Pois a orientação bíblica é para que todos vivam conforme a
imagem de Cristo (Rm 8.29; Cl 3.8-17). Isso não quer dizer que os seguidores de
Jesus Cristo não se depararão com diversas tentações (Mt 4.1-11). Na verdade as
tentações são difíceis de resistir e, com certeza, sem a ajuda inigualável do
poderoso Espírito Santo morando no cristão, será impossível alguma vitória. A
vida, a semelhança de Cristo, é uma vida de pureza e santidade.
2.3 Lares que ainda não são cristãos
Existem lares
que infelizmente nem todos são cristãos. Com isso para muitas pessoas o viver a
vida evangélica na família não é nada fácil. Mas a única decisão inteligente a
tomar diante de tal situação está em ser sempre fiel a Deus na sua própria
vida. Colocando em pratica todas as disciplinas espirituais aprendidas nos
estudos bíblicos realizados nos templos ou fora deles. Uma vida de vigilância,
de paciência, através de um viver cristão autêntico. O Senhor conhece bem os
nossos problemas, nossas lutas e decepções. Ele não prometeu tirar de nosso
viver diário a eles, mas prometeu dar sabedoria aqueles que o pedem, para que
possam viver triunfantemente através das dificuldades (Rm 5.1-5: Tg 1.2-4: Rm
8.26-39: Fl 4.13).
3. CUIDADOS COM O MINISTÉRIO CRISTÃO
Há muitos
ministérios na igreja, mas o de liderança é o de maior exigência. A vida do
obreiro não pode ser conduzida de qualquer maneira. Suas responsabilidades e
obrigações, quando bem sucedidas, influenciam positivamente na historia dos
membros do corpo de Cristo. Se alguém tem o desejo de ser líder episcopal, que
seja, mas há algumas condições: 1- precisa ter boa reputação; 2- ser fiel a
esposa; 3- se de fácil relacionamento com os membros e não membros; 4- deve
possuir entendimento no que diz; 5-não pode ser controlado por bebida forte; 6-
ter autoridade sem autoritarismo; 7- ser generoso; 8- não ser ganancioso; 9-
ser bom administrador; 10- deve ter atenção especial aos filhos, para que
tenham respeito deles, pois quem não controla a família não terá condições
reais de conduzir o rebanho de Deus; 11- não pode ser novo convertido, para que
não caia no laço do diabo; e, 12- finalmente, ter bom testemunho dos de fora do
Reino.
3.1 Lideranças na casa de Deus
Quem não sabe
governar sua casa, como cuidará da igreja de Deus? (1Tm 3.5). Muitos
pregadores, missionários (as) e cantores (as) itinerantes têm destruído os seus
casamentos por passar a maior parte do tempo fora de casa, longe de seus
conjugues e ainda sendo tentados por pessoas do sexo oposto e praticando
defraudação sexual, contrariando 1Coríntios 7.5. A desculpa é que estão fazendo
a obra de Deus, mas estão sendo negligentes com a sua própria família. Quem
descuida da sua casa é um insensato. Paulo trás a casa da pessoa para dentro da
igreja e compara as duas entre si
3.2 Se alguém não cuida dos seus
familiares negou a fé.
Principalmente,
das da sua família, é considerado pior do que o do incrédulo (1Tm 5.8). Paulo
compara os que não cuidam bem da família como sendo piores que os descrentes.
Negou tudo quanto o cristianismo defende, pois a fé exige obras e frutos. Quem
descuida dos seus; deixa faltar o essencial até para a sobrevivência não da
dignidade e atenção especial a sua família é um insensato. Alguns estão
largando suas famílias, seus casamentos, divorciando-se por qualquer coisa sem
observar Mateus 19.1-9; Romanos 7.1-3 e 1Coríntios 7.2-5,10,11; permanecendo
como se nada tivesse acontecido. Como esse cristão irá aconselhar na área
matrimonial se o seu estiver falido ou confrontando a Palavra de Deus? Nenhum
sucesso ministerial cobre o insucesso no lar.
3.3 O maior testemunho vem de dentro do
próprio lar
O maior
testemunho que um cristão pode ter é o que vem de dentro da sua própria casa
(Pv 31.11,23, 28-29). Há em muitas famílias pouca ou nenhuma educação sobre
esse assunto. Quando falta educação sobra ignorância; quando falta diálogo
sobra estupidez; quando falta respeito sobra indignidade. O bom testemunho de
um dos cônjuges a respeito do outro e dos filhos sobre os pais são as coisas
mais lindas que um cristão pode obter.
CONCLUSÃO
A lição de
hoje foi para confrontar e aproveitar a oportunidade de ministrar às famílias
que por falta de vigilância, têm abandonado o sacerdócio do lar, identificando
as pequenas coisas que edificam ou destroem as famílias. Que cada um possa
fazer a sua parte como instrumentos de honra para conduzir a família constituída
ao ideal planejado.
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